segunda-feira, 23 de maio de 2011

Versatilidade de Jamie Cullum em São Paulo


Arriscando um português com “Oi! Tudo bem?”, o jazzista britânico Jamie Cullum foi recebido entusiasmadamente pela platéia do Festival Natura Nós que aconteceu no último final de semana, em São Paulo. O show que começou pontualmente às 19h50 de sábado foi recheado de grandes sucessos do cantor.

A abertura com I’m all over it, do último CD, The Pursuit, já mostrava para o quê ele tinha vindo. Cullum leva a apresentação com o piano e a figura do pianista a outro patamar. Ele pula do piano, joga o banco para o lado, bebe guaraná com uísque, toca conga, se joga no chão. Dá tudo de si para a música e para platéia, esperando uma resposta positiva que veio, sem sombra de dúvida. Assim foi quando ele solicitou uma divisão de vozes à luz de celulares durante a música Next Year Baby.

A mistura de estilos, marca da carreira do jazzista, esteve presente na apresentação que teve High and Dry, do Radiohead e, como um dos pontos altos, a interpretação que Cullum deu ao single da cantora Rihana, Don’t Stop the Music, que você escuta abaixo.



Ao final da 1hora e 10minutos de apresentação, pouco tempo para apreciar o show (no real sentido da palavra) do cantor que se encerrava com All at Sea, ele se virou para alguém da produção e fez sinal de 1 com a mão perguntando se era possível mais uma ou se, “cortando o pescoço”, não havia mais tempo. Quando o público percebeu, foi logo apoiando a ideia e assim ganhou Wind Cries Mary, um dos primeiros hits de ninguém mais, ninguém menos que Jimi Hendrix, com arranjo de Cullum.

O intervalo desde a sua última apresentação, cinco anos, trouxe ao Brasil um Jamie Cullum bem diferente. Antes namorado de uma brasileira, agora ele é casado com a ex-modelo e escritora inglesa Sophie Dahl e tem uma filha de apenas dois meses chamada Lyra, o que, segundo o cantor, o tornou mais criativo. Da próxima vez talvez não tenhamos tantas mudanças, visto que a promessa de fim de show foi “Nos vemos em breve”. Que assim seja!