terça-feira, 2 de outubro de 2012

Urgência


As coisas nunca são como gostaríamos que fossem.
Ou até são, mas queríamos que elas acontecessem junto com aquela outra coisa.
Ou que aquela outra coisa acontecesse junto dessa.
A ordem importa. É essencial que seja depressa.
Tudo. Hoje.
Cada coisa espetacular que se consiga imaginar, cada motivo de gargalhada, cada razão para um profundo suspiro, o êxtase.
Aqui. Agora. Nesse minuto.
Depois? Aaah! Que depois? Existe depois?
Isso já não interessa.
Fato é que mais um minuto se passou e neste, nós não sentimos nada.
Então agora, queremos que exista o depois.
Precisa ser no próximo tique do relógio.
Tem que ser.