segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Batalha

Joelhos semi-flexionados, tronco levemente curvado para frente, braços posicionados para uma partida de tênis, olhos desafiadores que miram o alto e ouvidos atentos para encontrar os responsáveis pelo incômodo zunido e os vermelhões que são colecionados na extensão da pele que tenta respirar, desprovida de coberturas têxteis no calor veranil dos trópicos.

Os assistentes levam seu trabalho a sério. Como navegadores em uma corrida automotiva, eles dão indicações de onde encontrar os inimigos. Cada um grita uma direção, mostra com as mãos, abaixa a cabeça para se proteger de possíveis complicações de batalha, enquanto, em êxtase pelo porte da arma que lhe dá o controle sobre a vida e a morte dos adversários, o atacante escala obstáculos, dá curtos saltos e fortes golpes no ar.

Apesar de melhor equipado, maior e mais forte, o obstinado guerreiro perde os rivais de vista que parecem ter na pequenez seu grande trunfo. Até que um surge bem a sua frente. De maneira instintiva, ele faz um rápido e forte movimento com o braço direito. A sinfonia de estalos, as faíscas azuis e a fumaça da vitória são emitidas do instrumento de ataque e, uma grande e satisfeita gargalhada é dada em comemoração, quando um novo zunido é ouvido e o combatente em prontidão e euforia se reposiciona para seguir na luta.

2 comentários:

  1. Ha ha ha! Matar pernilongo com raquete elétrica é ótimo!

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  2. Realmente eu me sinto uma "guerreira" e quando consigo atingir meu objetivo, meu extase é completo (kkkkkkk)

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